sábado, 30 de abril de 2016

Inventor maluco cria bicicleta-drone que funciona

Colin Furze é um inventor genial e um tanto maluquinho. Ele criou suas próprias garras de Wolverine, uma cadeira de ródas  que alcança a velocidade de 112km/h e até um   carrinho de bebe motorizado com quatro marchas que chega a 80km/h. Com esse portfólio insano em mãos, ele não surpreendeu ninguém quando anunciou que inventou sua própria bicicleta-drone.
Na verdade impressionou. Principalmente por sua ousadia e coragem em usar uma gravata no pescoço ao testar sua engenhoca cheia de hélices.
“Não tem direção, não tem freios, tem dois aceleradores e não tem nenhum assento. Como alguém sem qualificações de engenheiro e nenhuma experiência em voar constrói alguma coisa que chega a sair do solo?”, indaga ele no vídeo de apresentação da máquina voadora.Parecendo um Harry Potter ensandecido em sua vassoura voadora, o inventor exibe a hoverbike em um campo gramado. Ele chega a se movimentar para frente no ar por alguns segundos, mas a máquina parece ser dificílima de ser domada. “Ela voa! Ela voa!”, comemora Furze.
Ele conta que esse projeto levou tempo, muitos designs diferentes e muito treino para aprender a controlar a bicicleta. “A sensação de subir pela primeira vez é muito estranha”, relata. Seu quintal também ganhou alguns cortes de gramado personalizados.[Gizmodo]
Confira o vídeo completo:
fonte http://hypescience.com/inventor-maluco-cria-bicicleta-drone-que-funciona/

sábado, 23 de abril de 2016

Real Madrid vira sobre o Rayo Vallecano e pressiona Barcelona e Atlético


MADRI (Reuters) - O Real Madrid recuperou-se neste sábado de uma desvantagem de dois gols no estádio do Rayo Vallecano e conseguiu uma vitória por 3 A 2, com dois gols de Gareth Bale e um de Lucas Vázquez, pressionando Barcelona e Atlético de Madrid em um acirradíssimo final de Campeonato Espanhol.
O Real Madrid tem dois pontos de vantagem sobre o Barcelona e o Atlético de Madrid, que jogam ainda neste sábado contra Sporting Gijón e Málaga, respectivamente.
"Está claro que poderíamos ganhar. Voltamos a demonstrar que estamos em boa fase, que temos confiança e a vitória é justa", disse Vázquez, depois do jogo.
O Real Madrid tem 81 pontos a três rodadas do fim, enquanto Atlético de Madrid e Barcelona, com um jogo a menos, têm 79. 

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Comissão aprova abertura do processo de impeachment da presidente Dilma

Comissão aprova abertura do processo de impeachment da presidente Dilma


Reunião da Comissão Especial que vai votar o parecer do relator, dep. Jovair Arantes (PTB-GO), que recomenda a abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff
Deputados pró-impeachment comemoram resultado da votação

Por 38 votos a favor e 27 contra, a Comissão Especial do Impeachment acabou de aprovar o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que recomenda o afastamento da presidente Dilma Rousseff.

De acordo com o relator, Dilma cometeu crime de responsabilidade ao abrir créditos suplementares via decreto presidencial, sem autorização do Congresso Nacional, e em desconformidade com um dispositivo da lei orçamentária que vincula os gastos ao cumprimento da meta fiscal; e ao atrasar repasses para o custeio do Plano Safra, o que obrigou o Banco do Brasil a pagar benefícios sociais com recursos próprios - o que ficou conhecido como pedaladas fiscais.

O parecer de Jovair Arantes agora será analisado pelo Plenário da Câmara dos Deputados, onde precisará de 342 votos favoráveis para seguir para análise do Senado.
Fonte Agência Camara

O esquema Erenice

Como a ex-ministra da Casa Civil e fiel escudeira de Dilma operou em Belo Monte, ao lado de Palocci e Silas Rondeau, um propinoduto de R$ 45 milhões para abastecer as campanhas eleitorais de 2010 e 2014

 Matéria publicada pela http://www.istoe.com.br/reportagens/448524_O+ESQUEMA+ERENICE?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage
Débora Bergamasco

Além de fornecer um dossiê explosivo sobre as tentativas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff para tentar barrar as investigações da operação Lava Jato, o ex-líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), revela, em acordo de deleção premiada, um sofisticado esquema de corrupção nas obras da usina de Belo Monte. As informações estão dispostas no anexo sete da delação, obtido por ISTOÉ na quarta-feira 9.
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Antiga companheira: Erenice Guerra está com Dilma desde que a atual presidente
ocupou o Ministério de Minas e Energia 
 
Segundo o senador, um “triunvirato”, formado pelos ex-ministros Erenice Guerra, Antônio Palocci e Silas Rondeau, movimentou cerca de R$ 25 bilhões e desviou pelo menos R$ 45 milhões dos cofres públicos diretamente para as campanhas eleitorais do PT e do PMDB em 2010 e 2014. Nas duas disputas presidenciais os partidos estavam coligados na chapa liderada por Dilma Rousseff. “A propina de Belo Monte serviu como contribuição decisiva para as campanhas eleitorais de 2010 e 1014”, afirmou o ex-líder do governo no Senado aos procuradores.
 
Denúncias sobre corrupção nas obras de Belo Monte já haviam sido feitas por outros delatores, mas é a primeira vez que uma testemunha revela com detalhes como funcionava o esquema, qual o destino do dinheiro desviado e aponta o nome dos coordenadores de toda a operação. A delação feita por Delcídio leva as investigações sobre o propinoduto petista nos setores de energia e de infraestrutura para as antessalas do gabinete presidencial. Desde 2003, Erenice é tida como uma escudeira da presidente Dilma e mesmo após deixar o governo, sob a acusação de favorecer lobistas ligados a seu filho, permanece como uma das poucas interlocutoras de Dilma. 
 
Depois de homologada pelo STF, a delação de Delcídio deverá ser encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral e engrossar o processo que pede a cassação da presidente. Os relatos feitos pelo senador mostram que a operação montada para desviar dinheiro público de Belo Monte foi complexa e contínua. Começou a ser arquitetada ainda no leilão para a escolha do consórcio que tocaria a empreitada, em 2010, e se desenrolou até pelo menos o início do ano passado, quando a Lava Jato já estava em andamento. Tida como obra prioritária do governo e carro chefe do PAC, Belo Monte era acompanhado de perto pela chefia da Casa Civil, onde estavam Dilma, então ministra, e Erenice Guerra, secretária executiva. 
 
“A atuação do triunvirato formado por Silas Rondeau (ex-ministro de Minas e Energia), Erenice Guerra (ex-ministra da Casa Civil) e Antônio Palocci (ex-ministro da Fazenda) foi fundamental para se chegar ao desenho corporativo e empresarial definitivo do projeto Belo Monte”, afirmou Delcídio aos procuradores da Lava Jato. Em sua delação, o senador explica que os desvios de recursos do projeto da usina vieram tanto do pacote de obras civis como da compra de equipamentos. “Antônio Palocci e Erenice Guerra, especialmente, foram fundamentais nessa definição”, revelou o senador. 
 
Ele afirmou que as obras civis consumiram cerca de R$ 19 bilhões e a compra de equipamentos chegou a R$ 4,5 bilhões. De acordo com os relatos feitos pelo ex-líder do governo, em todas as etapas do processo houve superfaturamento. Entre os procuradores que já tomaram conhecimento da delação de Delcídio há a convicção de que Erenice era a principal operadora do triunvirato, uma vez que antes de assumir o cargo na Casa Civil trabalhou, ao lado de Dilma, no Ministério de Minas e Energia, responsável pelas obras da usina.
 
Delcídio afirmou que o triunvirato de Erenice começou de fato a operar três dias antes da data marcada para o leilão que escolheria o consórcio responsável pelas obras. O grupo formado pelas maiores empresas de engenharia do País desistiu da disputa. “Em algumas horas foi constituído um novo grupo de empresas que venceu o leilão, tendo sido a única proposta apresentada”, afirmou o senador. Entre essas empresas estão a Queiroz Galvão, Galvão Engenharia, Contern, JMalucelli, Gaia Engenharia, Cetenco, Mendes Jr Trading Engenharia e Serveng-Civilsan. 
 
“Alguns meses depois da realização do certame, várias empresas que não bidaran (não participaram no leilão) Belo Monte tornaram-se sócias do empreendimento e contrataram como prestadoras de serviço as empresas do consórcio vencedor”, relatou Delcídio. Com essa operação, as maiores empreiteiras do País passaram a mandar na construção sem se submeterem às regras impostas nas licitações convencionais. O ex-líder do governo no Senado afirmou aos procuradores da Lava Jato que durante as campanhas eleitorais aumentava o valor das propinas e que para isso as empresas recorriam a “claims”, instrumento usado para readequar valores de contratos. 
 
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Outro delator, Flávio Barra da Andrade Gutierrez,
confirmou propinas em Belo Monte
 
“Os acordos com relação aos claims eram uma das condições exigidas para aumentar a contribuição eleitoral das empresas”, explicou Delcídio. O senador destacou ainda a existência de várias ilicitudes envolvendo o fornecimento de equipamentos para a usina de Belo Monte. De acordo com ele, houve uma enorme disputa entre fornecedores chineses, patrocinados por José Carlos Bumlai (o pecuarista amigo do ex-presidente Lula), e fabricantes nacionais, entre eles Alston, Siemens, IMPSA e IESA. “O triunvirato agiu rapidamente definindo os nacionais como fornecedores, tudo na busca da contrapartida, revelada nas contribuições de campanha”, denunciou Delcídio. 
 
Erenice Guerra e Palocci, disse o ex-líder do governo no Senado, tiveram papel fundamental nessa definição. Pelo lado das empresas, segundo Delcídio, o principal negociador de Belo Monte foi o empreiteiro Flávio Barra, da Andrade Gutierrez. Na semana passada, ISTOÉ apurou que Barra já prestou depoimento de delação premiada e mencionou o propinoduto em Belo Monte. O nome do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, foi rapidamente citado por Delcídio aos procuradores. Ele afirmou que o governador exerceu influência direta em favor da IMPSA, mas não atribuiu a ele nenhuma pratica criminosa. 
 
Ainda sobre dinheiro irregular na campanha eleitoral de 2014, no anexo nove da delação, também obtido com exclusividade por ISTOÉ na quarta-feria 9, o ex-líder do governo no Senado afirma que o atual ministro de Comunicação Social, Edinho Silva, tesoureiro da campanha da presidente Dilma em 2014 trabalhou para “esquentar” recursos provenientes da indústria farmacêutica usando a contabilidade das campanhas para governador e forjando falsas prestações de serviço. Delcídio afirmou que em 2014, quando disputava o cargo de governador do Mato Grosso do Sul, foi procurado por Edinho, “para que pagasse R$ 1 milhão do saldo da dívida de sua campanha, sendo R$ 500 mil devidos à FSB Comunicação, e mais R$ 500 mil à Zilmar Fernandes, através de um laboratório farmacêutico chamado EMS”, revelou o senador. 
 
Zilmar Fernandes foi sócia do publicitário Duda Mendonça e já esteve envolvida no escândalo do Mensalão. O laboratório EMS é investigado pela Lava Jato por manter parceria com o doleiro Alberto Youssef. Os investigadores também apuram o pagamento de uma suposta consultoria de R$ 8 milhões que o laboratório teria contratado do ex-ministro José Dirceu. Delcídio disse que as faturas foram emitidas contra o laboratório, mas que os pagamentos não foram realizados. “Os impostos das transações financeiras para a EMS foram efetivamente pagos pela FSB e por Zilmar”, afirmou o senador. 
 
Por fim, ele disse acreditar que a mesma situação pode ter ocorrido com outros candidatos a governador. Ao finalizar sua delação, o ex-líder do governo no Senado, apontou para a força-tarefa da Lava Jato que laboratórios e planos de saúde, em troca de indicações para cargos na ANS e na Anvisa, têm despertado grande atenção dos políticos quando são discutidos os caminhos para a arrecadação de recursos. Por outras vias, os procuradores da Lava Jato já estavam trilhando por esse caminho.
 
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Erenice comandou o trio do propinoduto em belo monte
 
No anexo sete de sua delação, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), ex-líder do governo no Senado, descreve em detalhes o esquema de corrupção armado na construção da usina de Belo Monte. Ele afirma que a propina foi de aproximadamente R$ 45 milhões e que serviu como contribuição decisiva para as campanhas eleitorais de 2010 e de 2014. Diz que houve a participação de José Carlos Bumlai, mas que todo o esquema foi coordenado por um triunvirato formado pelos ex-ministros Silas Rondeau, Erenice Guerra e Antônio Palocci, especialmente Palocci e Erenice, uma das principais escudeiras da presidente Dilma Rousseff.
 
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“Delcídio tem conhecimento de que em 2010 seria feito o ‘leilão’ de Belo Monte. Contudo, três dias antes do certame, o consórcio constituído pelas maiores empresas de engenharia do País, desistiu de participar. Em algumas horas foi constituído novo grupo de empresas junto a CHESF e Eletronorte. Entre elas, participaram Queiroz Galvão, Galvão Engenharia, Contern (sob influência de José Carlos Bumlai), JMalucelli, Gaia Energia, Cetenco, Mendes Jr. Trading Engenharia e Serveng-Civilsan. 
 
Apesar de muito menos robusto, o consórcio em questão venceu leilão, tendo sido a única proposta apresentada. Alguns meses depois, várias empresas que não ‘bidram’ Belo Monte tornaram-se sócias do empreendimento e contrataram como prestadoras de serviços as companhias do consórcio vencedor. Em pouco tempo, o controle da principal usina do mundo, em construção, mudou de mãos, sendo que as empresas que compunham o consórcio vencedor passaram a desempenhar um papel secundário. A propina de Belo Monte serviu como contribuição decisiva para as campanhas eleitorais de 2010 e 2014. O principal agente negociador do Consórcio de Belo Monte foi o empreiteiro Flávio Barra, da Andrade Gutierrez.
 
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Triunvirato: Palocci, Erenice e Silas Rondeau (da esq. à dir.):
R$ 45 milhões para a acampanha
 
Os números da propina giravam na casa dos R$ 30 milhões, destinados às campanhas eleitorais. Delcídio do Amaral acredita que os números finais da propina sejam superiores, pois durante a campanha, houve acordo com relação a ‘claims’ de cerca de R$ 1,5 bilhão, apresentadas pelo consórcio. Era uma das condições exigidas para aumentar a contribuição eleitoral das empresas. É preciso dizer que a atuação do triunvirato formado por Silas Rondeau, Erenice Guerra e Antônio Palocci foi fundamental para se chegar ao desenho corporativo e empresarial definitivo do projeto Belo Monte. 
 
Delcidio estima que o valor destinado para as contribuições das campanhas (2010 e 2014) do PMDB e do PT atingiram cerca de R$ 45 milhões. ... ... Antônio Palocci e Erenice Guerra, especialmente, foram fundamentais nessa definição... ...Delcídio recorda-se da influência direta do ex-governador Eduardo Campos e favor da IMPSA... ...Ao longo do fornecimento de equipamentos, ficou demonstrada a inaptidão da IMPSA em fazer frente a um desafio dessa magnitude.”
 
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O tesoureiro Edinho e as notas frias
 
O ex-líder do governo no Senado disse que em 2014, quando disputou o governo do Mato Grosso do Sul, foi procurado por Edinho Silva, então tesoureiro da campanha de Dilma e atual ministro da Comunicação Social. De acordo com Delcídio, Edinho lhe propôs um esquema para saldar R$ 1 milhão de dívida da campanha, usando para isso a ex-sócia de Duda Mendonça, Zilmar Fernandes, e a FSB Comunicações, que receberiam o dinheiro do laboratório EMS. O delator também afirmou que os laboratórios e planos de saúde estão no foco dos políticos que buscam arrecadar recursos.
 
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Proposta Edinho sugeriu esquema para Delcídio pagar dívida
 
“Nas eleições para governador do estado do Mato Grosso do Sul, em 2014, em que Delcídio do Amaral foi candidato, o atual ministro- chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva (na época tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff) orientou Delcídio do Amaral para que pagasse R$ 1 milhão do saldo da dívida de sua camapnha, sendo R$ 500 mil devido à FSB Comunicação e mais R$ 500 mil à Zilmar Fernandes, através de um laboratório farmacêutico chamado EMS. Delcídio solicitou a FSB e a Zilmar que emitissem faturas contra o laboratório EMS, entretanto os pagamentos não foram feitos...
 
...Delcídio sabe que os impostos das transações financeiras para a EMS foram efetivamente pagos pela FSB e por Zilmar, o que pode ser levantado por intermédio da quebra do sigilo fiscal de ambos. Delcídio acredita que essa mesma situação ocorreu com outros candidatos que podem ter usado laboratórios farmacêuticos para os mesmos fins ilegais similares. Delcídio do Amaral sabe que questões envolvendo laboratórios e planos de saúde na arrecadação de propina tem despertado grande interesse de lideranças políticas na indicação de cargos para diretorias da ANS e da Anvisa, a exemplo do que ocorria na Petrobras.” 
 
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Outro lado

"A FSB Comunicação esclarece que nunca recebeu recursos da EMS S.A., empresa que jamais foi cliente da agência. Informa ainda que está processando o Diretório Regional de Mato Grosso do Sul do Partido dos Trabalhadores (Processo número 08063942120168120001) para receber os valores devidos por serviços prestados na campanha de 2014."
 
Créditos das fotos destas matérias: Marcelo Camargo/Agência Brasil; Junior Pinheiro/Photo Press/Folhapress; Andre Dusek/AE
 
 
 

Picciani libera voto do PMDB; Florence acusa golpe contra a presiden

A comissão especial que analisa o relatório pró-impeachment iniciou há pouco o período para a fala dos líderes, quatro horas após o início dos trabalhos. Os debates por questões regimentais tomaram duas horas da reunião. Antes, falaram o relator, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), e o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo.

O líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), reconheceu a divisão na bancada e alertou que os deputados do partido estão liberados para votar como quiserem na comissão especial. A bancada ainda vai se reunir para discutir a posição durante a votação em Plenário.

Picciani ressaltou que a possibilidade de impedimento da presidente Dilma Rousseff, que foi eleita por 54 milhões de votos, é um fato “gravíssimo”. “Seja qual for a posição que tenhamos aqui, devemos ter a clareza dos argumentos, clareza da nossa decisão e da consequência da nossa decisão não só para o presente, mas para o futuro e também para o julgamento da História”, afirmou.

O líder referiu-se ainda ao muro, erguido na Esplanada dos Ministérios para dividir manifestantes favoráveis e contrários ao impeachment. Para Picciani, o muro seria a concretização de um país dividido, em que a política brasileira passou a despertar paixões dos dois lados. “Criou-se a paixão, mas é preciso usar da razão, para que a gente não perca de vista tudo o que se conquistou no País desde a redemocratização e aonde queremos levar o País”, afirmou.

Para ele, faltou a Aécio Neves a resignação de aceitar o resultado das urnas. “Faltou colocar o Brasil acima da ambição pessoal de cada um. Continuaram a incendiar o Brasil sobre uma tentativa de deslegitimar o processo eleitoral”, criticou o líder do PMDB.

O líder do PT, deputado Afonso Florence (BA), voltou a afirmar que o impeachment que se tenta votar na comissão especial é uma tentativa de golpe, pois, na sua avaliação, os decretos que autorizaram despesas orçamentárias sem o aval do Congresso e as pedaladas fiscais não podem ser considerados crime de responsabilidade.

“Para a presidenta Dilma ser derrubada, tem de ter crime de responsabilidade e não há. Não há nenhum outro crime em juízo, salvo as diferenças políticas dos deputados favoráveis ao impeachment e do deputado Jovair [Arantes, relator do impeachment]”, afirmou.

Afonso Florence reafirmou ainda que a comissão foi criada num ato de vingança do presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha, que aceitou a denúncia depois da declaração de voto contrário do PT no Conselho de Ética.

O líder petista disse ainda que os opositores da presidente querem retroceder em progressos sociais. “É o ataque à democracia e a retirada de conquistas sociais”, acusou. Ele foi interrompido por gritos de protesto do lado contrário mais de três vezes. “Em todas as oportunidades em que a verdade aqui é dita, a tropa de choque do golpe age dessa forma”, rebateu o petista.

Processo de votação
Mais cedo, em resposta a questão de ordem de deputados, o presidente da Comissão Especial do Impeachment, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), decidiu que a votação, em princípio, será ostensiva e simbólica, ou seja, o presidente encaminhará da seguinte forma: “os deputados favoráveis ao parecer do relator permaneçam como se encontram”.

Caso haja dúvidas sobre o resultado, a votação será feita pelo processo nominal, por meio do painel eletrônico. Em caso de empate, prevalecerá o voto do Relator.

Durante o processo de votação, caso o deputado titular da comissão não esteja presente será designado o suplente do mesmo bloco parlamentar e não do partido, seguindo a ordem do registro de presença na comissão.

A comissão tem 65 membros e é preciso maioria simples para aprovação do relatório de Jovair Arantes (PTB-GO). O relatório pede a abertura de processo de impeachment contra Dilma Rousseff por crime de responsabilidade.

Fonte Agência Camara

terça-feira, 5 de abril de 2016

Relator da comissão do impeachment quer votar relatório na próxima segunda-feira

TV Câmara
Câmara Agora - Jovair Arantes - Relator da Comissão Especial do Impeachment
Jovair Arantes quer garantir discussões sobre relatório antes de votação em plenário
O relator da comissão especial que analisa o pedido de impeachment contra a presidente da República, Jovair Arantes (PTB-GO), confirmou que vai fazer a leitura do parecer final nesta quarta-feira (6), a partir das 14 horas. A intenção é votá-lo na segunda-feira (11).
Jovair Arantes não quis antecipar quantas páginas terá o relatório, mas ressaltou que o documento é longo e será lido em sua integralidade. Logo depois será concedida vista conjunta. Os partidos terão prazo de duas sessões para analisar o parecer. Na sexta-feira (8), quando se encerra o prazo de vista, imediatamente será convocada reunião para o início das discussões.
"São 65 membros titulares e 65 suplentes, incluem-se ainda os líderes partidários. Nós vamos dar toda possibilidade para que na sexta, sábado, se necessário for, a gente possa esgotar todas essas questões para, na segunda-feira (11), começarmos a votar. Terminamos a votação e entregamos ao Plenário. Não há problema se é sábado ou se é domingo, se é de madrugada, 2 horas da manhã, 3 horas da manhã. Nós vamos trabalhar", afirmou.
Jovair Arantes ressaltou que o País exige essa atenção especial e os parlamentares estão fazendo a parte que lhes cabe. A maior preocupação, segundo o deputado, é seguir passo a passo o rito estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para que não haja qualquer dúvida e, assim, evitar que o processo vá parar na Justiça.
Divergências
A expectativa em torno do relatório movimenta parlamentares contrários e favoráveis ao impeachment. O deputado Henrique Fontana (PT-RS) elogiou a defesa apresentada pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, na segunda-feira (4), e defendeu a rejeição do impeachment. Segundo o deputado, cresce o número de parlamentares que não querem o impeachment.
“Eles percebem que essa ruptura da Constituição brasileira deixaria sequelas profundas no país. A peça que está sendo analisada na comissão especial não tem nenhum crime de responsabilidade cometido pela presidenta e, portanto, para respeitar a Constituição, ela deve ser, na minha avaliação, rejeitada pelo Plenário da Casa", disse.
Já o vice-líder do Democratas, Mendonça Filho (PE), espera um relatório pela aceitação do processo contra a presidente da República. "Eu confio na capacidade de avaliação jurídica, técnica do relator e a tendência clara dentro da comissão do impeachment é favorável à apreciação de um relatório que vá na direção do pedido de impeachment da presidente Dilma”, declarou.Reportagem - Idhelene Macedo
Edição – Mônica Thaty

sábado, 2 de abril de 2016

Em carta aberta, americano diz quem é o responsável pela crise brasileira

Escândalos de corrupção, crise econômica, caos na política e muita injustiça e insegurança. Quem nunca se perguntou por que o Brasil parece ter estagnado (e até dado marcha ré)? Bom, um americano deu um palpite -- e você provavelmente não vai gostar desta opinião.
O escritor Mark Manson publicou em seu site um texto intitulado "Uma Carta Aberta ao Brasil", no qual diz que o maior vilão do País não é o político ou a corrupção. "Então aí vai: é você", rebateu. "Sim, você mesmo que está lendo esse texto. Você é parte do problema. Eu tenho certeza de não é proposital, mas você não só é parte, como está perpetuando o problema todos os dias."leia mais
Segundo Mark, nos quatro anos em que morou no Brasil, foi abordado diversas vezes por brasileiros que o questionaram sobre os motivos de o Brasil não ser tão próspero e seguro como países da Europa e os EUA. "No passado, eu tinha muitas teorias sobre o sistema de governo, sobre o colonialismo, políticas econômicas, etc. Mas recentemente eu cheguei a uma conclusão."
"Não é só culpa da Dilma ou do PT. Não é só culpa dos bancos, da iniciativa privada, do escândalo da Petrobras, do aumento do dólar ou da desvalorização do Real.
O problema é a cultura. São as crenças e a mentalidade que fazem parte da fundação do país e são responsáveis pela forma com que os brasileiros escolhem viver as suas vidas e construir uma sociedade.
O problema é tudo aquilo que você e todo mundo a sua volta decidiu aceitar como parte de 'ser brasileiro' mesmo que isso não esteja certo."
Para o escritor, apesar dos brasileiros criticarem injustiças, são eles, muitas vezes, os injustos. Ele critica como o povo beneficia amigos, familiares e conhecidos e não toda a sociedade.
"Nos países mais desenvolvidos o senso de justiça e responsabilidade é mais importante do que qualquer indivíduo", diz. "Eu percebo que vocês brasileiros se sacrificam e fazem de tudo por suas famílias e amigos mais próximos e, por isso, não se consideram egoístas. Mas, infelizmente, eu também acredito que grande parte seja extremamente egoísta, já que priorizar a família e os amigos mais próximos em detrimento de outros membros da sociedade é uma forma de egoísmo."
Além do egoísmo, o brasileiro é vaidoso, segundo o autor. "As pessoas por aqui estão muito mais preocupadas com as aparências do que com quem eles realmente são."
"Isso explica porque os brasileiros ricos não se importam em pagar três vezes mais por uma roupa de grife ou uma joia do que deveriam", continua. "É uma forma de se sentirem especiais e parecerem mais ricos. (...) No fim das contas, esse é o motivo pelo qual um brasileiro que nasceu pobre e sem oportunidades está disposto a matar por causa de uma motocicleta ou sequestrar alguém por algumas centenas de Reais. Eles também querem parecer bem sucedidos, mesmo que não contribuam com a sociedade para merecer isso."
De acordo com o texto, é esta vaidade que faz com que o brasileiro evite bater de frente com os outros. "Por aqui, se alguém está 1h atrasado, todo mundo fica esperando essa pessoa chegar para sair. Se alguém decide ir embora e não esperar, é visto como cuzão. Se alguém na família é irresponsável e fica cheio de dívidas, é meio que esperado que outros membros da família com mais dinheiro ajudem a pessoa a se recuperar", escreveu Mark.
"Por um lado, quando você recompensa uma pessoa que falhou ou está fazendo algo errado, você está dando a ela um incentivo para nunca precisar melhorar. Na verdade, você faz com que ela fique sempre contando com a boa vontade de alguém em vez de ensina-la a ser responsável.
Por outro lado, quando você pune alguém por ser bem resolvido, você desencoraja pessoas talentosas que poderiam criar o progresso e a inovação que esse país tanto precisa. Você impede que o país saia dessa merda que está e cria ainda mais espaço para líderes medíocres e manipuladores se prolongarem no poder.
E assim, você cria uma sociedade que acredita que o único jeito de se dar bem é traindo, mentindo, sendo corrupto, ou nos piores casos, tirando a vida do outro."
O texto publicado na última quinta-feira (11), depois do último dia oficial do Carnaval, teve grande repercussão nas redes sociais, dividindo opiniões entre os usuários.
Para terminar a carta ao Brasil, Mark diz que a cultura envolta deste "jeitinho brasileiro" não vai mudar tão cedo e que as coisas não vão melhorar nesta década. "Você está ferrado. Você pode tirar a Dilma de lá, ou todo o PT. Pode (e deveria) refazer a constituição, mas não vai adiantar. Os erros já foram cometidos anos atrás e agora você vai ter que viver com isso por um tempo."
"É a mesma velha história, só muda a década. A democracia não resolveu o problema. Uma moeda forte não resolveu o problema. Tirar milhares de pessoa da pobreza não resolveu o problema. O problema persiste. E persiste porque ele está na mentalidade das pessoas.
O 'jeitinho brasileiro' precisa morrer. Essa vaidade, essa mania de dizer que o Brasil sempre foi assim e não tem mais jeito também precisa morrer. E a única forma de acabar com tudo isso é se cada brasileiro decidir matar isso dentro de si mesmo."
E você, concorda com o escritor? Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
fonte :http://www.brasilpost.com.br/2016/02/13/carta-aberta-ao-brasil_

sexta-feira, 1 de abril de 2016

DEM entra com ação no MP questionando uso eleitoral do Palácio do Planalto por Dilma

O líder do Democratas na Câmara, deputado Pauderney Avelino (AM), informou nesta sexta-feira (1º) que protocolou no Ministério Público Federal uma representação contra a presidente da República por improbidade administrativa, por conta do “uso eleitoral da estrutura do Palácio do Planalto por Dilma Rousseff”.
“A presidente tem feito, sistematicamente, atos políticos no Palácio do Planalto para tentar mostrar que está prestigiada”, disse. “Nós consideramos que esses atos políticos lembram atos de campanha eleitoral”, completou.
Na representação, o partido argumenta que a conduta fere os princípios da moralidade e da impessoalidade inerentes ao cargo e expressos na Constituição Federal. Além da estrutura, o parlamentar “questiona o uso de recursos públicos para que Dilma tente defender-se do processo de impeachment em análise na Câmara”.
O vice-líder do governo, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), negou a acusação contra o governo e afirmou que a representação do líder do DEM “é um atestado que a oposição perdeu o rumo”. “A oposição ainda está no sentimento de 2014, quando foi derrotada na eleição. Eles não aceitaram a derrota e perderam o rumo”, declarou.
Fonte Agência Câmara de Noticías
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Lava Jato prende Silvio Pereira e empresário de Santo André em investigação de empréstimo ao PT


Por Pedro Fonseca
(Reuters) - A operação Lava Jato prendeu nesta sexta-feira o ex-secretário do PT Silvio Pereira e o empresário de Santo André Ronan Maria Pinto em uma nova fase deflagrada com o objetivo de aprofundar investigações sobre um empréstimo fraudulento de 12 milhões de reais do Banco Schahin direcionado ao PT, em um caso que pode ter ligação com a morte do ex-prefeito petista Celso Daniel.
Ronan Pinto, já condenado por envolvimento em um esquema de pagamento de propinas na prefeitura de Santo André durante a gestão de Daniel, que foi morto em 2002, foi o destinatário final de quase metade dos 12 milhões de reais do empréstimo contraído junto ao banco, que foi pago com a contratação irregular do grupo Schahin para operar navio-sonda da Petrobras.
Os investigadores querem esclarecer o motivo do pagamento de quase 6 milhões de reais ao empresário, uma vez que Ronan Pinto não teria prestado qualquer serviço ao PT, de acordo com as investigações. A outra parte do empréstimo fraudulento foi destinada a saldar dívidas da campanha eleitoral do partido em Campinas, de acordo com a Lava Jato.
"A grande pergunta, temos algumas teses, mas nada comprovado, é qual a razão que lá no ano de 2004 ele recebeu 6 milhões de reais provenientes do Banco Schahin, com todos os estratagemas de lavagem de capitais para ocultar a origem do dinheiro", disse a jornalistas o procurador federal da força-tarefa da Lava Jato Diogo Castor de Mattos em entrevista coletiva em Curitiba, onde estão concentradas as investigações.
Questionado se o pagamento a Ronan Pinto poderia ter ligação com o caso Celso Daniel, inclusive se poderia ter sido para comprar o silêncio do empresário, o procurador disse apenas que todas as hipóteses de investigação estão abertas.
"Por enquanto esses fatos ainda estão sendo investigados, por ora não cabe levantar hipóteses, seriam meras conjecturas", afirmou. "Não é possível afirmar nenhuma hipótese. Todas as linhas continuam sendo investigadas, mas não há nada conclusivo."
Celso Daniel foi morto em janeiro de 2002, quando era prefeito de Santo André, após um sequestro. A polícia concluiu que ele foi morto em um crime comum, mas procuradores do MP paulista denunciaram que ele foi vítima de crime político por tentar interromper um esquema de corrupção em sua gestão envolvendo empresas de transporte.
SILVINHO E DELÚBIO
A operação desta sexta-feira, intitulada Carbono 14 em referência a procedimentos utilizados pela ciência para a datação de itens e a investigação de fatos antigos, também prendeu o ex-secretário do PT Silvio Pereira, apontado como arquiteto do esquema de lavagem do dinheiro proveniente do banco Schahin.
Segundo os investigadores, Silvinho, como é conhecido, teria articulado junto ao operador financeiro Marcos Valério e ao ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares toda a operação para camuflar os recursos.
Tanto Delúbio como Valério foram condenados no escândalo do mensalão. Já Silvinho, antes de ser julgado pelo envolvimento no mensalão fez um acordo para prestar serviços comunitários e não correr risco de ser preso. Nesta manhã, Delúbio foi levado pela PF para prestar depoimento.
Além da suposta lavagem de dinheiro, Silvinho também foi apontado pela investigação como destinatário de recursos sem justificativa da empreiteira OAS, uma das envolvidas no esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Lava Jato.
A Polícia Federal cumpriu oito mandados de busca e apreensão, dois mandados de prisão temporária e dois mandados de condução coercitiva em São Paulo, Carapicuíba, Osasco e Santo André.
Segundo as investigações o pecuarista José Carlos Bumlai, ligado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, contraiu um empréstimo fraudulento junto ao Banco Schahin em outubro de 2004 no montante de 12 milhões de reais que tinha por finalidade a quitação de dívidas do PT e foi pago por intermédio da contratação fraudulenta da Schahin como operadora do navio-sonda Vitória 10.000, pela Petrobras, em 2009, ao custo de 1,6 bilhão de reais.
Bumlai, que foi preso pela Lava Jato em novembro de 2015 quando a operação revelou o esquema de fraude envolvendo o Schahin e a Petrobras, disse aos investigadores da Lava Jato que ao menos 6 milhões de reais do empréstimo fraudulento tiveram como destino o empresário Ronan Pinto, a pedido do PT.
Para viabilizar a transferência dos recursos ao destinatário final, foi montado um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo o empresário, pessoas ligadas ao PT e operadores, de acordo com a investigação. Parte do dinheiro foi para o então acionista controlador do Jornal Diário do Grande ABC em 2004, por indicação de Pinto, que estava comprando o jornal.
Fone Reuters